Você sabia que o dia 29 de outubro é o Dia Nacional do Livro? A data homenageia o dia da fundação da Biblioteca Nacional do Brasil, no Rio de Janeiro. Por isso, resolvemos prestigiar a nossa literatura.
A Quatrocor separou uma lista com oito clássicos da literatura brasileira, de diferentes épocas. Agora, é só escolher um deles e mergulhar no universo da sua história.
A Hora da Estrela, Clarice Lispector
Em A Hora da Estrela, de Clarice Lispector, conhecemos a vida de Macabéa, uma jovem datilógrafa alagoana que se muda para o Rio de Janeiro. Sua história é narrada por Rodrigo S.M., um escritor que observa, com um misto de compaixão e frustração, a simplicidade e a doçura dessa personagem. Macabéa é uma alma sonhadora, mesmo vivendo uma vida cheia de dificuldades, invisível para o mundo ao seu redor.
Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis
O livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, traz o próprio Brás Cubas, já falecido, contando sua história com um toque ácido e irônico, oferecendo uma visão desiludida sobre sua vida e a sociedade em que viveu.
A narrativa começa com Brás descrevendo sua própria morte e funeral, para em seguida relembrar diversos episódios de sua vida, desde a infância até seus amores e fracassos. Ele explora temas como a escravidão, as divisões de classe e as injustiças sociais, revelando o cinismo e a futilidade que marcaram sua trajetória.
A paixão segundo G.H, Clarice Lispector
Na obra A Paixão Segundo G.H., Clarice Lispector nos apresenta uma mulher que compartilha sua jornada íntima de autodescoberta e reflexão. Depois de demitir sua empregada, ela se vê diante de uma tarefa que parece simples: limpar o quarto da mesma.
No entanto, ao esmagar uma barata durante esse processo, sua vida muda de rumo. Esse momento aparentemente trivial desencadeia uma onda de pensamentos profundos sobre a perda da individualidade e a verdadeira essência da existência.
Antes do Baile Verde, Lygia Fagundes Telles
Antes do Baile Verde é uma coletânea de dezoito contos escritos por Lygia Fagundes Telles entre 1949 e 1969, que exploram os impasses da vida nas grandes cidades e os dramas silenciosos da classe média.
A autora mergulha em temas profundos, como a solidão em casamentos desgastados, adultério, insatisfação conjugal e até a loucura, pintando um retrato sensível das crises que muitas vezes se desenrolam dentro dos lares, longe do olhar público.
Morte e vida Severina, João Cabral de Melo Neto
Morte e Vida Severina, escrito pelo pernambucano João Cabral de Melo Neto, é uma obra marcante da literatura brasileira. Trata-se de um poema dramático que narra a jornada de Severino, um retirante nordestino que parte em busca de melhores condições de vida.
Ao longo do caminho, ele se depara com a dura realidade da seca, da miséria e da morte, temas que permeiam sua jornada e refletem a vida severina de muitos nordestinos que enfrentam a mesma luta pela sobrevivência.
Senhora, José de Alencar
O romance Senhora, escrito por José de Alencar, narra a intensa história de amor e vingança de Aurélia Camargo. Jovem, bela e determinada, Aurélia apaixona-se por Fernando Seixas, um homem ambicioso que, em busca de ascensão social, a abandona para casar-se com uma moça rica.
Aurélia recebe uma enorme herança de seu avô, tornando-se uma mulher extremamente rica. Com sua nova posição social, ela decide usar sua fortuna para “comprar” Fernando como noivo, invertendo os papéis de poder.
Grande Sertão Veredas, Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas é uma das obras-primas de João Guimarães Rosa, que gira em torno do jagunço Riobaldo, o narrador-protagonista. A trama se desenvolve a partir das memórias de Riobaldo, que conta suas aventuras e desventuras a um jovem doutor que visita suas terras.
Ao longo do relato, Riobaldo narra sua trajetória de vida no sertão brasileiro, destacando sua participação em bandos de jagunços e suas reflexões sobre a existência, o amor, o bem e o mal.